quinta-feira, 27 de junho de 2013

Exercícios físicos são capazes de gerar "gordura boa", afirma estudo

A atividade física é capaz de gerar um tipo de gordura que ajuda a acelerar o metabolismo. Dois novos estudos realizados em humanos e animais mostram que exercícios físicos alteram a gordura do corpo. A descoberta foi apresentada nesta sexta-feira (21) durante a reunião anual da ADA (Associação Americana do Diabetes), em Chicago (EUA). Segundo a pesquisa, as atividades físicas conseguem transformar a gordura proveniente de comportamento sedentário em um tipo de gordura capaz de acelerar o metabolismo. As pesquisas revelam que os ratos que se exercitaram por 11 dias e homens que andaram de bicicleta por 12 semanas transformaram o tecido adiposo branco em marrom, que é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura "desejável". Para determinar se a gordura marrom poderia afetar a maneira que o corpo usa a glicose, pesquisadores transplantaram esse tipo de gordura em ratos sedentários e descobriram que os níveis de tolerância à glicose aumentaram, bem como a sensibilidade à insulina. ''Os resultados mostram que os exercícios físicos não são benefícios apenas para os músculos, mas também para a gordura'', afrma Kristin Stanford, pós-doutoranda e membro do Joslin Diabetes Center, em Boston. ''Está claro que quando a gordura é 'treinada' ela se torna marrom e mais ativa metabolicamente. Nós achamos que essa gordura pode contribuir com outros tecidos'', conta. Ainda não se sabe ao certo se a gordura marrom terá o mesmo impacto em pacientes com diabetes, pois esse tipo de estudo com transplante não pode ser realizado em humanos. ''Nós já sabemos que é bom fazer exercícios físicos'', adicionou Laurie Goodyear, médica e pesquisadora da Harvard Medical School. ''O que estamos constatando é que a gordura é capaz de mudar em resposta à atividade física e isso tem um bom efeito metabólico. Não é a gordura na circunferência abdominal, que é ruim e pode levar a diabetes e outras doenças, mas sim uma gordura subcutânea'', revela. Os estudos, financiados pela Associação Americana do Diabetes e pelos Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA, sugerem que a gordura marrom está associada a aumento da captação de glicose, melhor composição corporal, redução da massa de gordura e aumento da sensibilidade à insulina em ratos. MATÉRIA PUBLICADA NO PORTAL UOL

terça-feira, 18 de junho de 2013

Lesões no Joelho: principais formas de tratamento e prevenção

O joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma das que mais sofre lesões. Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado de várias formas por ser muito vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (entorse), além de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas). Nos Estados Unidos e Canadá mais de 4 milhões de pessoas necessitam, anualmente, de tratamento médico para as patologias do joelho. As lesões no joelho são muito comuns no meio esportivo. Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas competitivas, muitas vezes tendo que abandonar o esporte. Os atletas recreativos ou mesmo praticantes de academias, também são acometidos a estas lesões. Praticamente todas as estruturas do joelho podem ser lesionadas, neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: Lesões ligamentares (distensões), tendinite patelar, condromalácia patelar e lesões dos meniscos. Lesões ligamentares Existem quatro grandes ligamentos no joelho: Ligamento Cruzado Anterior (LCA), Ligamento Cruzado Posterior (LCP), Ligamento Colateral Medial (LCM) e Ligamento Colateral Lateral (LCL). Dentre os quais a maior incidência de lesões ocorre no LCA e no LCM. O joelho é estável em extensão, passível de rotação axial (quando flexionado), fazendo com que essa articulação seja menos estável na flexão. Quanto às lesões, o estiramento dos ligamentos é uma das mais comuns nos tecidos moles do joelho, podendo ser classificado como: 1º Grau - Leve estiramento, com pequena tumefação e sem perda da estabilidade. Neste caso o ligamento permanece íntegro e após o trauma o indivíduo consegue andar. A dor acontece somente no movimento e, em alguns casos, ao toque. 2º Grau - Estiramento de cerca de 50% das fibras, presença de sinais flogísticos, com grande dificuldade de movimentos, sendo a estabilidade preservada na maioria dos casos. 3º Grau – Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástese de 10mm. 4º Grau - Ruptura ligamentar total ou avulsão, com rompimento da cápsula e possível ruptura meniscal que consiste em uma lesão grave. Distensão do ligamento cruzado anterior (LCA) A ruptura isolada do LCA pode acontecer, porém geralmente, é mais comum que esse ligamento seja danificado junto com outros ligamentos e/ou cornos posteriores de menisco. O mecanismo básico da lesão do LCA envolve a hiperextensão do joelho, como por exemplo, um golpe direto na parte frontal do fêmur com o pé fixo no chão. O LCA também se distende em atividades que exigem mudanças rápidas de direção como no futebol, handebol e basquete (momento da “finta” ou em freadas rápidas, arrancadas) e em esportes de salto quando não acontece uma aterrissagem firme. Durante a reabilitação deve-se evitar alongamentos agressivos dos isquiotibiais e os exercícios devem ser executados inicialmente com os joelhos ligeiramente flexionados. Os exercícios de cadeia cinética fechada são mais indicados. O fortalecimento dos isquiotibias é de suma importância, uma vez que eles ajudam na estabilização do joelho. Atualmente a reabilitação desse tipo de lesão tem sido feita utilizando o agachamento como principal exercício, pois durante sua execução não existe forças tensionais significativas no LCA. Isso se deve em parte pela moderada ativação dos isquiotibiais que ajudam a aliviar a tensão no LCA devido ao mecanismo de co-contração (ESCAMILLA, 2001). O interessante é que à medida que aumenta-se o ângulo de flexão de joelhos aumenta-se a contração dos isquiotibiais, fazendo com que o agachamento profundo possa ser utilizado em estágios mais avançados de recuperação. A frouxidão ligamentar do LCA lesionado pode ser controlado em exercício de cadeia cinética fechada (ECCF) mas, não em exercício de cadeia cinética aberta (ECCA) (KVIST & GILLQUIST, 2001). Durante o agachamento a maior compressão no LCA acorre nos ângulos menores que 50 graus (TOUTOUNGI et al, 2000). Distensão do ligamento colateral medial (LCM) Uma das lesões mais comuns no esporte. Geralmente é resultante de uma força externa direcionada ao aspecto lateral do joelho, ou seja, ocorre muitas vezes por trauma na face lateral (externa), sendo relacionada a esportes como o futebol, judô, karatê, etc. O tratamento consiste em fortalecer todos os músculos que cruzam a articulação dos joelhos (quadríceps, isquiotibiais, adutores e abdutores) isso após a interrupção do quadro álgico. Distensão do ligamento cruzado posterior (LCP) Distensões nesse ligamento são pouco comuns no meio esportivo e geralmente outras estruturas são afetadas. A hiperextensão do joelho é o mecanismo mais comum dessa lesão, geralmente é ocasionado por trauma direto na região anterior da parte superior da coxa. No tratamento deve-se focalizar o quadríceps, uma vez que esse músculo fortalecido tende a deslocar anteriormente a tíbia, revertendo assim o sinal de gaveta posterior. A força dos músculos posteriores da coxa deve ser estabelecida espontaneamente sem exercícios específicos. É importante o alongamento dos isquiotibiais, mas sempre tendo os devidos cuidados para não hiperextender o joelho lesionado. O fortalecimento do quadríceps deve ser priorizado com exercícios de cadeia cinética aberta (ex: cadeira extensora), mas em fases posteriores da reabilitação os exercícios de cadeia cinética fechada como agachamentos podem ser introduzidos, porém deve-se ter cuidado com a angulação, pois à medida que aumenta-se o ângulo de flexão, aumenta-se à tensão neste ligamento, sendo seguro trabalhar em ângulos menores que 50 / 60º (ESCAMILLA, 2001). Tendinite patelar (“joelho do saltador”) A dor na região infrapatelar é mais comum nesse tipo de lesão, porém outros fatores podem ocasiona-la: Lesões da patela, como osteocondrite; Patela com fratura de esforço ou polo inferior alongado e proeminente; Hipertrofia do corpo adiposo infrapatelar; Bursite ou doença de Osgood-schlatter. A tendinite patelar está associada com mais freqüência a atividades repetitivas, ela foi primeiramente descrita em atletas de salto em altura (daí o nome de joelho do saltador) mas é quase igualmente edêmica em jogadores de basquete e vôlei. Além de atividades que envolvam saltos, atividades de corrida também costumam exacerbar esse quadro. A dor da tendinite patelar normalmente é de fácil localização, e acomete geralmente o polo inferior da patela, ou mais raro, sua borda superior. No tratamento o primeiro passo é a diminuição dos sintomas, e isso deve ser feito interrompendo as atividades que causem dor. Tratamento com gelo, medicamentos, antiinflamatórios e exercícios isométricos do quadríceps são iniciados imediatamente e continuados até que os sintomas desapareçam. Deve-se fortalecer e alongar o quadríceps e os alongamentos deve ser feito pelo menos 4 vezes por dia, ao acordar, antes e depois das atividades físicas e antes de dormir. Durante o alongamento recomenda-se um mínimo de 20 segundos de manutenção da posição por 2 ou 3 séries. Os exercícios isotônicos e com mais cargas podem ser realizados assim que os sintomas de dor tiverem cessado e não causarem dor durante a execução. Condromalácia patelar (“joelho do corredor”) A condromalácia patelar é uma lesão da cartilagem patelar devido a degeneração prematura com amolecimento, fibrilação e aspereza dessa estrutura, nas quais, são semelhantes às relacionadas com a osteoartrite. A condromalácia pode ocorrer devido a trauma direto com conseqüente dano condral, ou resulta de qualquer condição que interfira com os movimentos patelofemorais normais, tais como variações anatômicas anormais. Essas variações podem ser causadas pelo aumento do ângulo Q, patela alta, insuficiência do vasto medial, oblíquo e desequilíbrio articulares. Esta lesão é mais comum em mulheres (devido principalmente ao aumento do ângulo Q) e ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc. A dor é descrita como profunda e localizada na região retropatelar e pode ser sentida ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se para pegar um objeto no chão. Em movimentos de flexão dos joelhos a dor é acompanhado de crepitação retropatelar facilmente audível ou sentida com a mão por cima da patela. O principal sinal para um diagnóstico consiste em mover a superfície da patela contra o fêmur. O tratamento é conservador, muito parecido com o utilizado no procedimento da tendinite. Estimular o repouso evitando atividades que provoquem a dor patelar, como correr, saltar, andar em salto alto e exercícios que promovam a flexão do joelho (ex: ciclismo e subir escadas). A base do tratamento é constituída de exercícios que fortaleçam o quadríceps, principalmente o vasto medial oblíquo. Apesar de ser necessário o fortalecimento prioritário do VMO (vasto medial oblíquo), dificilmente essa musculatura pode ser isolada e fortalecida individualmente. Um estudo conduzido por MIRZABEIGI et al, em 1999 comparou a ativação do vasto medial oblíquo com o vasto lateral, vasto intermédio e reto femoral em 9 exercícios diferentes, os pesquisadores demonstraram não haver diferenças significativas entre os músculos concluindo então que o VMO não pode ser isolado durante os exercícios. É recomendado que se realize exercícios isométricos para o quadríceps, pois não exacerbam a dor, fortalecem e envolvem movimento mínimo da patela. Já os exercícios de flexão de joelhos, tais como agachamento são indicados, mas implicam em uma sobrecarga muito grande sobre a articulação patelofemoral e resultam em exarcebação dos sintomas (CORRIGAN & MAITLAND, 2000). Apesar da tensão patelofemoral aumentar concomitante à flexão do joelho no agachamento, devemos ter em mente que o agachamento profundo mesmo realizado com poucas repetições e muita carga é menos deletério que atividades cíclicas de longa duração, pois na verdade o maior problema da condromalácia está no alto volume dos treinos. Outro fator importante neste tipo de lesão é o fortalecimento e alongamento dos isquiotibiais, flexores do quadril e abdutores. Lesões de meniscos Cada um dos compartimentos laterais e mediais do joelho contém um menisco fibrocartilagíneo em forma de meia-lua e de consistência amolecida. Os meniscos ajudam a aumentar a congruência articular, estabiliza a articulação, absorve choques e limita movimentos anormais, além de ajudar na nutrição articular e na lubrificação da cartilagem. Os atletas de final de semana são os principais candidatos às lesões dos meniscos devido ao condicionamento físico inadequado. A cartilagem pode sofrer ruptura na direção horizontal ou longitudinal, sendo esta última mais comum. Quando a lesão é grande suficiente atingindo longitudinalmente desde o corno anterior até o posterior é denominada “alça de balde” e o fragmento interno pode deslocar-se e assim produzir um bloqueio articular. Em pacientes com ampla ruptura de meniscos deve ser realizada a meniscectomia, mas quando ocorrida na inserção vascular periférica, o menisco pode ser recuperado. Geralmente o tratamento visa aumentar a força do quadríceps, dos flexores e abdutores do quadril e deve ser combinado com exercícios para alongar os isquiotibiais e panturrilhas. Existem especulações quanto à sobrecarga causada pelo agachamento a estas estruturas. Estudos demonstram que o pico de força compressiva no agachamento profundo varia de 550 a 7928N, mas nenhum estudo consegue demonstrar o quanto às estruturas articulares e meniscos podem suportar (ESCAMILLA, 2001). A partir de observações empíricas podemos avaliar que provavelmente os meniscos suportam bem mais que isso, basta observarmos que os jogadores de voleibol (ou outros esportes de salto) dificilmente tem lesões nos meniscos mesmo tendo forças (durante os treinamentos / competições) compressivas atuando nessas estruturas bem acima das encontradas no agachamento profundo. Terapia com frio e calor como forma de tratamento e prevenção de Lesões Atualmente as terapias com frio e calor tem sido muito difundidas na reabilitação de lesões, sem contar que, e a terapia com frio ainda pode ser utilizada na prevenção. Crioterapia (aplicação de gelo): Crioterapia (crio = gelo, terapia = tratamento) é o nome que se dá ao tratamento à base de gelo, usado há muitos anos como agente terapêutico. Sua principal aplicação está no tratamento imediato de lesões no esporte, na qual serve para resfriar os tecidos profundos pela vasoconstrição, reduzindo assim as hemorragias. Atualmente a crioterapia tem sido utilizada como meio preventivo para lesões, sendo comumente usada pelos principais clubes e atletas competitivos. A somação do estresse nos tendões e estruturas articulares pode promover uma deficiência nutricional nessas regiões com conseqüente isquemia local, e a aplicação de gelo nessas regiões promove uma hipotermia, reduzindo assim os níveis metabólicos e evitando reações de hipoxia secundária, que com certeza levaria a dor e incapacidade funcional. A hipotermia causada pelo resfriamento articular também favorece a agregação molecular de líquido sinovial aumentando assim a sua viscosidade, na qual é um dos fatores determinantes na proteção da cartilagem articular. Os principais efeitos fisiológicos da crioterapia são: Anestesia, redução da dor, redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, redução do metabolismo local, redução da inflamação, redução da circulação com posterior estimulação, redução do edema e quebra do ciclo dor-espasmo-dor. Dicas para o uso do gelo: 1- Uso imediato nas contusões – reduz o edema e alivia a dor. 2- Aplicar gelo em qualquer traumatismo ou contusão. Ex: Lesões musculares (contraturas, distensões), lesões articulares (entorses, lesões nos ligamentos), tendinites, hematomas, etc. 3- É recomendado que a aplicação dure no máximo 30min, sendo que na maioria das regiões 20 min já são o suficiente. 4- Nas primeiras 24 horas das lesões mais importantes use gelo por meia hora a cada duas horas. LAING, DALLEY E KIRK (1973) relataram que uma aplicação de gelo durante 20 minutos teve um efeito de até duas horas no esfriamento de músculos profundos. 5- Evite pegar no sono enquanto aplica gelo. Contra-indicações: O gelo não deve ser usado em caso de redução do suprimento sanguíneo (ex: Doença vascular periférica), também é contra indicado no caso de artrite pois, aumenta a rigidez articular. Termoterapia (aplicação de calor): O calor terapêutico tem efeito trófico, promovendo a vasodilatação das arteríolas e capilares melhorando o metabolismo da nutrição dos tecidos, liviando a dor e aumentando a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, além de diminuir a rigidez da articulação, melhorar os espasmos musculares e aumentando a velocidade e volume circulatório do sangue. Geralmente a terapia com calor é utilizada em lesões crônicas, ao contrário do frio que é utilizado em lesões agudas. Contra-indicações: Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, áreas com tumores, sobre os testículos, e sobre o abdômen de gestantes. Estalos A articulação pode apresentar estalidos como de vácuo que, geralmente, não tem nenhum significado e são comuns em articulações com hipermobilidade. Estalidos podem ser ouvidos e sentidos em torno das articulações, conforme tendões ou ligamentos deslizam sobre proeminência óssea, mas geralmente ele não tem significado clínico. No caso de dor, os estalidos pode indicar lesão no menisco. Considerações Importantes Durante o agachamento o estresse na articulação patelofemoral aumenta quando o ângulo de flexão aumenta (WALLACE et al, 2002). As forças compressivas são maiores no agachamento realizado com as pernas mais afastas (afastamento esse de 2 x a largura da espinha ilíaca) do que com as pernas mais próximas (pés da largura da espinha ilíaca). O agachamento deve ser feito de forma lenta e controlada na fase excêntrica, uma vez que esse movimento de descida feito de forma rápida e descontrolada aumenta muito as forças nas estruturas do joelho (ESCAMILLA, 2001). O pico de força e o estresse na articulação patelofemoral foi observada com 90 graus de flexão do joelho (WALLACE et al, 2002). O agachamento é considerado mais efetivo do que o leg press para o desenvolvimento muscular, porém deve ser usado cautelosamente em indivíduos com disfunções do LCP e patelofemoral, especialmente em ângulos acentuados de flexão (ESCAMILLA et al, 2001). A maior ativação dos músculos da coxa acontece no agachamento (KVIST & GILLQUIST, 2001). O vasto medial oblíquo não pode ser isolado de forma significativa durante os exercícios. (MIRZABEIGI et al, 1999). Um estudo feito por Escamilla e seus companheiros em 1998 no Instituto Americano de Medicina esportiva chegaram as seguintes conclusões: O agachamento gera 2 vezes mais atividade dos isquiotibiais do que o leg press e a cadeira extensora. A maior atividade do quadríceps acontece na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. ECCA produziu maior ativação do reto femoral enquanto o ECCF produz maior ativação dos vastos. As forças compressivas tibiofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. As compressões patelofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima flexão e na metade da extensão em ECCA. Conclusões A maioria das lesões pode ser evitada apenas utilizando medidas preventivas. Uma musculatura forte e com boa flexibilidade ajudam na estabilização dos joelhos e outras estruturas em geral. – Aplicação de gelo nas articulações é mais utilizada após a sessão de treino. A crioterapia é uma medida preventiva de grande valia e tem sido indicada por grandes treinadores e profissionais de saúde. A partir do entendimento dos conteúdos listados acima, podemos sugerir que a utilização de exercícios de cadeia cinética fechada são os mais indicados, principalmente o agachamento. Além de ter uma maior ativação muscular, ele também é um exercício extremamente funcional pois, utilizamos movimentos parecidos a todo instante, por exemplo no momento de pegar um objeto no chão. Infelizmente esse excelente exercício não é bem visto por muitos “profissionais”, mas isso se deve ao fato de estarem desatualizados ou mesmo não terem domínio dos princípios que norteiam o treinamento desportivo. Com um treinamento bem elaborado, utilizando devidamente a recuperação e principalmente uma boa técnica de execução, o agachamento pode favorecer indivíduos saudáveis ou mesmo com joelhos lesionados. Fonte:http://www.educacaofisica.org/wp/joelho-lesoes-principais-formas-de-tratamento-e-prevencao/

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Exercícios de musculação para corrida de rua

O treinamento de força é importante para reforçar os músculos das pernas, braços e costas, evitando assim o risco de lesões comuns na atividade. Se você, corredor, é um daqueles que acredita que a musculação é só para fins estéticos, é bom rever sua opinião. O treinamento de força é muito importante para quem corre, pois, durante a corrida os músculos das pernas, braços e costas são muito exigidos por conta da execução de movimentos repetitivos e do impacto na pisada. Por isso, é preciso dar um tratamento especial a eles. Essa é uma orientação apontada em várias pesquisas e defendida pelos profissionais da área. A atividade tem uma influência positiva no rendimento do corredor e na sua proteção contra lesões, pois a falta de uma musculatura fortalecida prejudica a postura, os joelhos e pode trazer problemas futuros. Quem corre deve fazer exercícios voltados principalmente para os músculos dos membros inferiores e das costas, responsáveis pela postura durante a corrida. Toda atividade física deve ser prescrita e executada sob a orientação de um profissional de Educação Física, pois, caso seja realizada da forma errada, pode prejudicar ao invés de ajudar. Assim sendo, consulte alguém habilitado e prepare-se para ter uma musculatura tonificada e resistente, condicionada para aguentar seu ritmo de corrida. Alguns exercícios recomendados: AGACHAMENTO LIVRE O agachamento livre é uma atividade que trabalha os músculos das coxas e glúteos. PASSADA COM HALTERES A passada com halteres é uma atividade que trabalha os músculos das coxas e glúteos. SUPINO RETO O supino reto é indicado para o peitoral, ombros e tríceps, além de ajudar na postura durante a corrida. REMADA ALTA A remada alta com barra ajuda a manter a postura correta durante a corrida de rua e refoça os ombros e o músculo trapézio. Referência: portal Eu Atleta

terça-feira, 11 de junho de 2013

FAZER ATIVIDADE FÍSICA SIM DURANTE A GRAVIDEZ INCLUSIVE MUSCULAÇÃO, MAS SEMPRE SOB A SUPERVISÃO DE UM PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUALIFICADO.

Os benefícios da prática de atividades físicas durante a gestação são diversos e atingem diferentes áreas do organismo materno. O exercício reduz e previne as lombalgias, devido à orientação da postura correta da gestante frente à hiper lordose que comumente surge durante a gestação, em função da expansão do útero na cavidade abdominal e o conseqüente desvio do centro gravitacional. Nestes casos, o exercício físico contribuirá para adaptação de nova postura física, refletindo-se em maior habilidade para a gestante durante a prática da atividade física e do trabalho diário. Na ocorrência de dores nas mãos e membros inferiores, que geralmente acontece por volta do terceiro trimestre, frente a diminuição da flexibilidade nas juntas, a prática da atividade física regular direcionada durante a gestação terá o efeito de minimizá-las, possivelmente, por promover menor retenção de líquidos no tecido conectivo. Sabe-se que a atividade cardiovascular durante a gestação se eleva comparada ao período não gestacional. No entanto, com a prática regular de exercícios físicos reduz-se esse estresse cardiovascular, o que se reflete, especialmente, em frequências cardíacas mais baixas, maior volume sanguíneo em circulação, maior capacidade de oxigenação, menor pressão arterial, prevenção de trombose e varizes, e redução do risco de diabetes gestacional. As vantagens da atividade física durante a gestação se estendem ainda, aos aspectos emocionais, contribuindo para que a gestante torne-se mais auto-confiante e satisfeita com a aparência, eleve a auto-estima e apresente maior satisfação na prática dos exercícios.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Estudo recomenda exercícios físicos para pacientes com depressão

Exercícios aeróbicos três a cinco vezes por semana são os mais indicados para o tratamento da doença. Exercícios físicos são indicados pelos médicos como parte do tratamento para diversas doenças, como problemas cardíacos, colesterol e diabetes. Alguns estudos já mostraram, porém, que essa prática pode ajudar também pacientes com depressão. Pesquisadores da Universidade do Texas, em Dallas, fizeram uma revisão dos dados sobre o assunto, com objetivo de fazer uma recomendação mais precisa do tipo de intensidade de exercícios recomendados. "Apesar do grande número de evidências que apoiam o uso de exercícios no tratamento da depressão, estudos anteriores não forneceram indicações claras da dose adequada de exercícios necessária para promover o efeito antidepressivo", escrevem os autores Chad Rethorst e Madhukar Trivedi. O estudo foi publicado na edição de maio do periódico Journal of Psychiatric Practice. Estudos anteriores mostraram que a prática de exercícios é efetiva na redução dos sintomas da depressão tanto utilizada sozinha quanto em conjunto com medicamentos e terapia. Agora, a revisão de literatura mostrou que os exercícios aeróbicos são os mais indicados para pacientes com depressão, apesar de os treinos de resistência também poderem ser utilizados. Rethorst e Trivedi recomendam que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos. A intensidade deve ser de 50 a 85% da frequência cardíaca máxima do indivíduo. Em treinos de resistência, a recomendação é de exercícios variados para os membros superiores e inferiores — três vezes de oito repetições a 80% do peso máximo que a pessoa aguenta. Os dados sugerem que os pacientes devem sentir melhoras nos sintomas da depressão cerca de quatro semanas após o início dos exercícios, mas os autores recomendam que o programa seja mantido por pelo menos 10 a 12 semanas, a fim de obter maior efeito antidepressivo. Participação e incentivo – Nos estudos analisados, apenas 15% dos pacientes abandonaram o programa de exercícios. Essa taxa é comparável à de pessoas que abandonam o uso de medicamentos ou a terapia. Para melhorar a adesão à prática, os autores recomendam que os pacientes sejam consultados sobre seus tipos de exercícios preferidos, e que recebam atenção individualizada. Mesmo que o paciente não atinja a frequência ou intensidade de exercícios recomendadas, a atividade física ainda pode ser benéfica. "Os médicos devem encorajar os pacientes a praticar algum tipo de exercício, mesmo que não seja o suficiente para atingir as recomendações", afirmam os autores.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Chegar aos 50 anos em boa forma física protege contra o câncer, diz estudo

Um novo estudo oferece mais um motivo para investir no condicionamento físico: diminuir o risco de câncer. Resultados de uma pesquisa com mais de 17 mil homens nos EUA apontam que quem tem um alto nível de condicionamento cardiovascular tem um risco menor de ter câncer e morrer da doença. O benefício independe do IMC (Índice de Massa Corporal), isto é, uma pessoa magra que não se exercite tem um risco maior de ter câncer do que uma pessoa acima do peso que faça atividades físicas, de acordo com o trabalho apresentado no encontro anual da Asco (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), em Chicago. Os resultados também levaram em conta tabagismo e idade. Outros estudos já haviam mostrado que o condicionamento físico é mais importante do que o peso para prevenir doenças. Um deles, publicado no ano passado no "European Heart Journal", concluiu que obesos considerados saudáveis após exames tiveram um risco 38% menor do que os não saudáveis de morrer por qualquer causa. Gordo ativo é tão saudável quanto um magro, dizem estudos Na nova pesquisa, os participantes fizeram um teste de esforço na esteira, usado para prever o risco cardiovascular, por volta dos 50 anos. Os pesquisadores seguiram os voluntários por cerca de 20 anos para ver quem desenvolveria câncer colorretal, de pulmão e próstata. Nesse período, 2.885 homens receberam o diagnostico desses tumores --347 morreram da doença e outros 159 morreram de problemas cardiovasculares. Ao ligar os dados do teste de esforço com o diagnóstico de câncer, os pesquisadores concluíram que os participantes com maior nível de condicionamento tinham um risco 68% menor de ter câncer de pulmão e 38% menor de ter câncer colorretal do que os mais sedentários. Não houve diferença no risco de desenvolver a doença na próstata. Entre os que tiveram câncer, o bom condicionamento físico foi ligado a um risco menor de morte. Para o oncologista Fábio Kater, responsável pelo centro de oncologia clínica do Hospital 9 de Julho e que participa da conferência, já se tinha uma idéia de que o exercício poderia ter esse efeito protetor --um estudo já havia mostrado que, entre as mulheres, o exercício ajuda a prevenir contra o câncer de mama. "A pesquisa tem um peso grande pelo tamanho da amostra e tempo de seguimento. Mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto a longo prazo." Ainda é preciso investigar as razões por trás dessa ligação. A oncologista clínica Veridiana Pires de Camargo, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que algumas hipóteses são a redução da inflamação e da gordura, a melhora da imunidade e até a liberação de endorfinas por causa dos e exercícios. Matéria publicada em portal Folha de S. Paulo