quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Trocar uma hora de sofá pelo mesmo tempo de atividade física reduz risco de morte em até 14%

A troca de apenas uma hora de sofá pela caminhada ou outra atividade física diminui as chances de morte prematura de 12% a 14%, conclui estudo da Universidade de Sydney com mais de 200.000 australianos. A pesquisa foi publicada na última edição do International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.
O diferencial do estudo é a análise desse intercâmbio entre o ficar sentado e a atividade física e não somente os benefícios do exercício em si. Os cientistas também mostraram que só o fato de ficar uma hora em pé, em vez de sentado, já diminui a mortalidade prematura em 5%.

“Pesquisas anteriores mostraram os benefícios da atividade física e os riscos de ficar muito tempo sentado, mas esse é o primeiro a olhar o que acontece quando se troca a mesma quantidade de tempo de uma atividade por outra”, diz Emmanuel Stamatakis, um dos autores do estudo.

Essa sutileza na metodologia do estudo, segundo o pesquisador, demonstra o quanto o estilo de vida moderno, que não estimula o exercício, têm impacto na nossa expectativa de vida. “Vivemos em um mundo hostil à atividade física e isso é um caso de saúde pública”, ressalta Stamatakis.

“Não é uma questão individual e os governos devem estar atentos a isso. Culpar quem não faz exercício não vai resolver o grande problema do sedentarismo que temos hoje.”

Como foi o estudo

Para chegar aos resultados, os cientistas cruzaram diferentes dados de saúde de um estudo de 200 mil pessoas de meia-idade e idosos. Afora o recorte de idade, a amostra foi aleatória. O grupo foi acompanhado por quatro anos. Sete mil pessoas morreram nesse meio tempo.

A partir de diversos cálculos com as estatísticas fornecidas, os cientistas também concluíram que uma hora a mais de sono diminuía o risco de morte prematura em 6%.

Também o risco de morte aumentou em 13% a 17% entre as pessoas que ficavam sentadas em vez de fazer qualquer atividade física por uma hora. Quando essa prática era invertida, no entanto, o risco diminuiu entre 12% e 14%.

“Precisamos de uma visão de longo prazo que torne a atividade física a opção fácil e conveniente. Isso significa uma melhor infraestrutura como mais ciclovias, parques e melhor transporte público para que o exercício faça parte do cotidiano das pessoas.”

Matéria publicada no site do Portal da Educação Física

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